domingo, 5 de fevereiro de 2012

Hair - Deixa o sol entrar - 34

Deixa o sol entrar!

Houve um tempo que subir e descer a Augusta fazia parte de minha rotina. Desta vez no ano de 1971.
Matriculado no cursinho MED, saia do trabalho na 24 de maio, subia a Augusta em direção a Lanchonete Crazy Cat ao encontro da turma que parecia morar ali.

No Crazy acabamos criando uma turminha de possíveis futuros compositores: Tinha o Paulo, o Beto, Trans, a Rose, o Robson e eu.

Ao invés das aulas no cursinho, a maioria se mandava pra lá na tentativa de se aplicar em cantar, beber e compor.
Músicas, letras e jingles saiam todos os dias.

Todo dia tinha cantoria.
De vez em quando saiamos pelas ruas para cantar em botecos, festas e despedidas. A turma se animava tanto que ao final alem dos aplausos alguém passava o chapéu para recolher grana pra cerveja.
Todo mundo fazia parte da turma.
                            
Esmê. (Esmeralda de Souza)
Quando a conheci, era a garçonete mais bonita do crazy cat, morena jambo, magrinha de olhar meigo e muito simpática.

Esmê, era natural do Rio Grande do Norte e tinha como sonho de ser artista...
No dia de seu aniversario, praticamente fui “dado a ela como presente”.
Acabei sendo o namorado Esmeralda .

Nesta lanchonete aprendi a fazer musica (letras), aprendi a amar e a conhecer o lado out da cidade.
Ficamos juntos por uns 4 meses.

Nesse tempo ela acabou cavando um teste para o elenco de Hair.

E na surdina conseguiu fazer parte do elenco da segunda montagem de Hair 1971/1972. Depois fez parte do elenco teatral do Tem banana na banda contracenando com Zezé Mota e nunca mais parou.
Quando ainda estávamos juntos, um dia me convidou para assistir
a peça hair. Fui presenteado com um convite.
Não tinha a idéia exata de como seria a montagem.
A peça entusiasmava o público.


Em determinado momento da peça todos os atores tiravam suas roupas e ficavam nús em pêlo no palco...
Quase cai pra traz ao ver a minha namorada nuinha no palco com a turma toda.
A estréia dessa montagem se deu em 1972 no
antigo Teatro Aquarius, no bairro do Bixiga
Infelizmente perdemos o contato. 
Mas fica nossa lembrança e homenagem a essa grande amiga, Esmê.

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