sábado, 24 de dezembro de 2011

Primeira poesia - parte II - 22


Tinha quase 8 anos,
quando descobri o amor
Não sei se ele me descobriu
Me abri todo para ele,
mas o amor para mim não se abriu
Foi muito doído
Fiquei dolorido

Mais tarde tentei novamente encontrar o amor
Agora já havia correspondência
Mas era amor de criança
Ainda era amor de inocência
Sentia amor tão grande
Que não cabia dentro de mim
Tinha vontade de colocar ele pra fora
Para mostrar pra todo mundo

Da mesma forma que um bebê
Que não sabe falar, ele chora
È difícil entender o que quer um bebe
Geralmente o bebe acaba ensinando
a sua mãe sua linguagem que ela possa entender

Também tive dificuldade pra dizer o meu amor
Até hoje ninguém entendeu.
Naquele tempo tentei fazer poesia
Mesmo sem saber
Devora livros pra aprender
E “aprendi” rapidinho a poesia de um poeta

E assim cheio de letras bonitas eu mandei
Numa folha de almaço
Parte do meu sentimento
Misturadas com a do poeta

Eram palavras bonitas
Devotando um grande amor sincero
Mas a guria na verdade era esperta e logo percebeu
Disse:Este verso não é teu...

Caiu a minha cara.
Morri de vergonha
Deixei de ter uma namorada
Fiquei feito um pamonha.

Mas não me dei por vencido e
E nem por vendido
Mais livros eu fui ler
Até que um dia descobri
A arte de poetar...

Tempos depois encontrei uma frase que salvou a minha vida
Li em algum lugar o ditado de um sábio Francês:
“Comecei copiando, um dia acabei criando”.
Eu ainda não sabia.
Mas este era meu segundo degrau.          


Luigy

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