* Em 1960 a Editora Abril lançou duas revistas: "4 Rodas" (carros) e "Diversões Escolares" (para a criançada em idade escolar).
A primeira circula até hoje e é a mais importante publicação da sua
àrea . Com a outra, esse sucesso não ocorreu: durou poucos anos.
No começo de 1962, na tentativa de melhorar a vendagem, seu nome foi
mudado para Diversões Juvenis. Isso não teve o efeito desejado.
Agüentou mais ou menos um ano e acabou de vez.
Essa vida curta talvez seja explicada pelas características da revistinha
(servia, até, para pesquisa escolar, dado o seu conteúdo educacional) http://www.anosdourados.blog.br/
Quando criança tive o privilégio de conhecer a revistinha Diversões Escolares e manter a coleção até seu prematuro fechamento. Apesar do cuidado com elas, acabei perdendo todas em 1970, quando morava na avenida Santo Amaro e sofremos uma enchente.
Desde então sobreviveram apenas em minhas memórias.
Tinha então de nove para dez anos quando ela surgiu.
Durante mais de dois anos me diverti e fui sendo instruído.
Durante mais de dois anos me diverti e fui sendo instruído.
Ela nutria a curiosidade insaciável de minha mente sempre trazendo assuntos que abriam novas fronteiras para o meu conhecimento.
Ela não era uma revista cara e tinha periodicidade mensal trazendo sempre assuntos interessantes, diferentes e até inovadores, tanto é que virou uma febre entre a gurizada.
Foi por meio dela que descobri assuntos instigantes como Arqueologia, Astronomia, o Cometa Haley, a Ilha de Páscoa, as Pirâmides do Egito, o Tibet, como o velho Teto do Mundo, a descoberta de Machu Pichu, como novo teto do mundo, as Muralhas da China e uma infinidade de outros temas instigantes.
Era uma revista que divertia instruindo.
Era uma revista que divertia instruindo.
Durante aquele período foi a bíblia que me levava a outros patamares.
Assuntos sobre o passado como descobertas arqueológicas e civilizações antigas chamavam muito minha atenção e por outro lado, a astronomia, estrelas e a possibilidade da existência de vidas em outros planetas me atraiam e me levavam a muitos questionamentos já naquela idade.
Foi ali que ouvi falar em discos voadores pela primeira vez.
Foi justamente nessa época que os jornais estampavam em letras garrafais:
DISCO VOADOR EM SÃO PAULO.
Passei a acompanhar essas noticias pelo jornal. Mas quase nunca traziam algo que matasse a minha curiosidade, pelo contrário só trazia mais angustia.
Na mesma semana passou na TV, o filme O Dia em que a Terra Parou. Isso trouxe mais expectativa ao assunto.
A matéria da revista, os artigos do jornal e o filme na TV me deixaram em alerta.
A matéria da revista, os artigos do jornal e o filme na TV me deixaram em alerta.
Tentei conversar com algumas pessoas, mas sem resultado algum.
Se os jornais diziam que não era fácil tentar ver os discos. Diziam que seria preciso muita observação noturna.
Eu era fascinado pelas estrelas e na época já conseguia distinguir quase uma dúzia de constelações graças as minhas idas ao Planetário do Ibirapuera. Essas visitas me ajudavam muito na localização e visualização das constelações que cheguei a ter um pequeno binóculo.
Sem que ninguém soubesse fui arquitetando um plano: fazer um acampamento no telhado de casa e varar a noite a observar o céu em busca de alguma evidência.
Sorrateiramente aprontei um pacote contendo cobertores, comida e binóculo para passar a noite em observação.
No dia apropriado, esperei a hora adequada e me pus em pratica.
Com bastante comida e refrigerante me acomodei em local que não recebesse luz diretamente.
Passei horas me distraindo em perceber as diversas constelações e algumas estrelas de primeiras grandezas.
Mas a minha expectativa era outra, e isso me deixava inquieto e só me fazia comer e beber.
A posição era incomoda, e o melhor jeito era ficar deitado e ficar de olho aberto a qualquer fato inusitado ou ocorrência.
Muito tempo passei ali no telhado e acabei por adormecer sem nada ver
Acordei com os primeiros barulhos da rua e consegui descer sem que ninguém percebesse a minha loucura em busca das naves extraterrestres.
Mesmo sem quebrar telhas ou cair do telhado acabei por entender que havia cometido uma grande besteira ao acreditar que poderia fazer algum avistamento.
Passado mais 50 anos, ainda não consegui ir adiante na questão.
Felizmente esse relato ficou guardado e restrito as minhas memórias e somente hoje esta sendo revelado a publico, o meu não avistamento.
Luigy 20/12/2011
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