Lindas tardes de domingos (em pleno verão de 62, entrando na adolescência).
Na época de aulas, as mães não davam trégua para a molecada.
Faziam marcação cerrada. Mas a molecada tinha que mostrar que era bom de drible.
Aprontar era a marca registrada. Não restava a menor dúvida.
Na época de aulas, as mães não davam trégua para a molecada.
Faziam marcação cerrada. Mas a molecada tinha que mostrar que era bom de drible.
Aprontar era a marca registrada. Não restava a menor dúvida.
No período escolar, nosso lazer era preenchido com brincadeiras corriqueiras como: andar de bicicleta, jogar bola, jogar pião, empinar pipa e mãe da rua.
Somente nas férias é que as invenções apareciam.
Dezembro e janeiro eram os meses de férias, calor e muita diversão.
Era a época das competições em carrinhos de rolimã, guerras de mamonas com estilingue, fabricação sangue de diabo para o carnaval e roubar frutas em alguma chácara do pedaço.
Nesses meses a temperatura subia muito e sempre acompanha de trombas d’água.
E naquele pedaço da Avenida Santo Amaro perto do cine Graúna, cada vez que chovia nesses meses era tiro e queda, enchente na casa da gente.
Todo ano era sempre a mesma coisa, tromba d´água. E a molecada saia nadando nas ruas alagadas.
Como não havia piscinas, essa era nossa diversão.
Alguém trouxe informação havia umas lagoas lá pros lados do Brooklin.
Somente nas férias é que as invenções apareciam.
Dezembro e janeiro eram os meses de férias, calor e muita diversão.
Era a época das competições em carrinhos de rolimã, guerras de mamonas com estilingue, fabricação sangue de diabo para o carnaval e roubar frutas em alguma chácara do pedaço.
Nesses meses a temperatura subia muito e sempre acompanha de trombas d’água.
E naquele pedaço da Avenida Santo Amaro perto do cine Graúna, cada vez que chovia nesses meses era tiro e queda, enchente na casa da gente.
Todo ano era sempre a mesma coisa, tromba d´água. E a molecada saia nadando nas ruas alagadas.
Como não havia piscinas, essa era nossa diversão.
Alguém trouxe informação havia umas lagoas lá pros lados do Brooklin.
Combinamos que na primeira oportunidade que fizesse bastante calor, pegaríamos as bicicletas, bóias e cordas e faríamos um pic-nic nessas lagoas. ( foto da net)
Aos poucos a turma ia sendo avisada.
Juntamos a grana fazendo uma vaquinha e passamos na mercearia do japonês compramos dois filões de pão, mortadela e Tubaína.
Depois de meia hora pedalando, chegamos o Borba Gato, viramos à direita, descemos a Rua Verbo Divino direto até o rio Pinheiros.
Ao chegar ao local, onde hoje fica o Carrefour, nos divisamos com um monte de lagoas formadas de água parada da chuva.
E também percebemos que as lagoas já estavam lotadas de garotos.
Descarregamos as tralhas e montamos acampamento por ali amarrando roupas e bicicletas.
Após enchermos as bóias, amarramos uma corda de um lado ao outro da lagoa (pequena) para caso de emergência.
Passamos a tarde nadando e se divertindo a valer.
Tanta brincadeira acabou dando fome e fomos então atacar nossos lanches. Usando o canivete que alguém havia levado, cortamos o pão e recheamos com mortadela que exalava já um cheiro forte por ficar tanto tempo fora de geladeira.
A bebida passava de boca em boca mesmo.
Depois do lanche, um pequeno descanso. Em seguida pegarmos o caminho da roça, pois era uma longa pedalada de volta pra casa.
Antes do entardecer estávamos de volta todo mundo feliz da vida.
Alguns dias depois, saí no jornal que um garoto havia morrido afogado em uma lagoa na zona sul.
As mães olhavam pra gente com dedo em riste e diziam:”eu te proíbo de ir nadar em lagoa, ouviu?”
E a gente respondia: ouvi sim, mãe.
O medo nos fez encerrar nossos passeios na lagoa.
Mas passados alguns dias, o calor voltava atacar e a gente ficava ouriçado com o calor.
Nos reunimos para encontrar alguma saída.
Meu pai tinha um comércio na avenida Santo Amaro, também ladeada por outros comércios.
Era uma barbearia, uma bicicletaria, uma auto-escola, uma farmácia, uma oficina mecânica e a oficina de geladeiras.
Todas davam de fundos para o comercio de meu pai. Tudo ficava fechado nos domingos.
Uma idéia me ocorreu e assim convidei os mais chegados para um lanche em no quintal do comercio de meu pai.
Fazia um calor muito forte.
Fizemos com o lanche costumeiro, bananas e nos fartamos de Tubaína.
Todo mundo curioso para ver qual era a jogada.
Na época era comum a gente subir nos telhados para pegar pipas e coisa assim.
Subi primeiro para dar coragem na turma.
Fazia calor de rachar e todo mundo já estava com sua bermuda.
Ao chegar no telhado, me aproximei de uma das seis caixas d´águas, desloquei a tampa e entrei dentro dela como se fosse um mergulho.
Que delicia!
Em menos de um minuto elas já estavam tomadas cada um pegando a sua caixa d´água.
Fizemos campeonato de respirar debaixo d´água pra ver quem agüentava mais..
Com tanto bagunça demos sorte, pois somente uma boia havia sido quebrada.
Passamos a tarde dentro d’água na diversão. Que delícia!
(foto do autor)
Aos poucos a turma ia sendo avisada.
Juntamos a grana fazendo uma vaquinha e passamos na mercearia do japonês compramos dois filões de pão, mortadela e Tubaína.
Depois de meia hora pedalando, chegamos o Borba Gato, viramos à direita, descemos a Rua Verbo Divino direto até o rio Pinheiros.
Ao chegar ao local, onde hoje fica o Carrefour, nos divisamos com um monte de lagoas formadas de água parada da chuva.
E também percebemos que as lagoas já estavam lotadas de garotos.
Descarregamos as tralhas e montamos acampamento por ali amarrando roupas e bicicletas.
Após enchermos as bóias, amarramos uma corda de um lado ao outro da lagoa (pequena) para caso de emergência.
Passamos a tarde nadando e se divertindo a valer.
Tanta brincadeira acabou dando fome e fomos então atacar nossos lanches. Usando o canivete que alguém havia levado, cortamos o pão e recheamos com mortadela que exalava já um cheiro forte por ficar tanto tempo fora de geladeira.
A bebida passava de boca em boca mesmo.
Depois do lanche, um pequeno descanso. Em seguida pegarmos o caminho da roça, pois era uma longa pedalada de volta pra casa.
Antes do entardecer estávamos de volta todo mundo feliz da vida.
Alguns dias depois, saí no jornal que um garoto havia morrido afogado em uma lagoa na zona sul.
As mães olhavam pra gente com dedo em riste e diziam:”eu te proíbo de ir nadar em lagoa, ouviu?”
E a gente respondia: ouvi sim, mãe.
O medo nos fez encerrar nossos passeios na lagoa.
Mas passados alguns dias, o calor voltava atacar e a gente ficava ouriçado com o calor.
Nos reunimos para encontrar alguma saída.
Meu pai tinha um comércio na avenida Santo Amaro, também ladeada por outros comércios.
Era uma barbearia, uma bicicletaria, uma auto-escola, uma farmácia, uma oficina mecânica e a oficina de geladeiras.
Todas davam de fundos para o comercio de meu pai. Tudo ficava fechado nos domingos.
Uma idéia me ocorreu e assim convidei os mais chegados para um lanche em no quintal do comercio de meu pai.
Fazia um calor muito forte.
Fizemos com o lanche costumeiro, bananas e nos fartamos de Tubaína.
Todo mundo curioso para ver qual era a jogada.
Na época era comum a gente subir nos telhados para pegar pipas e coisa assim.
Subi primeiro para dar coragem na turma.
Fazia calor de rachar e todo mundo já estava com sua bermuda.
Ao chegar no telhado, me aproximei de uma das seis caixas d´águas, desloquei a tampa e entrei dentro dela como se fosse um mergulho.
Que delicia!
Em menos de um minuto elas já estavam tomadas cada um pegando a sua caixa d´água.
Fizemos campeonato de respirar debaixo d´água pra ver quem agüentava mais..
Com tanto bagunça demos sorte, pois somente uma boia havia sido quebrada.
Passamos a tarde dentro d’água na diversão. Que delícia!
(foto do autor)
Nunca nos divertimos tanto sem ninguém pra nos atormentar.
Era domingo e tudo estava fechado.
Mesmo dentro d’água deu pra perceber que estávamos queimados pelo sol.
Sem duvida essa foi uma das maiores curtições.
Só tinha medo que a coisa se espalhasse pelo bairro e formasse fila aos domingos.
Torcemos também para que nenhum dos proprietários descobrisse.
Afinal, havíamos batizado a caixa d'água com nossa Tubaína.
Era domingo e tudo estava fechado.
Mesmo dentro d’água deu pra perceber que estávamos queimados pelo sol.
Sem duvida essa foi uma das maiores curtições.
Só tinha medo que a coisa se espalhasse pelo bairro e formasse fila aos domingos.
Torcemos também para que nenhum dos proprietários descobrisse.
Afinal, havíamos batizado a caixa d'água com nossa Tubaína.
Que molecada irresponsável...
Luigy - 2010
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