segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Summer of" 62 -verão nas caixas d"águas 008

Lindas tardes de domingos (em pleno verão de 62, entrando na adolescência).

Na época de aulas, as mães não davam trégua para a molecada.
Faziam marcação cerrada. Mas a molecada tinha que mostrar que era bom de drible.

Aprontar era a marca registrada. Não restava a menor dúvida.

No período escolar, nosso lazer era preenchido com brincadeiras corriqueiras como: andar de bicicleta, jogar bola, jogar pião, empinar pipa e mãe da rua.
Somente nas férias é que as invenções apareciam.

Dezembro e janeiro eram os meses de férias, calor e muita diversão.

Era a época das competições em carrinhos de rolimã, guerras de mamonas com estilingue, fabricação sangue de diabo para o carnaval e roubar frutas em alguma chácara do pedaço.

Nesses meses a temperatura subia muito e sempre acompanha de trombas d’água.

E naquele pedaço da Avenida Santo Amaro perto do cine Graúna, cada vez que chovia nesses meses era tiro e queda, enchente na casa da gente.

Todo ano era sempre a mesma coisa, tromba d´água. E a molecada saia nadando nas ruas alagadas.
Como não havia piscinas, essa era nossa diversão.

Alguém trouxe informação havia umas lagoas lá pros lados do Brooklin.
Combinamos que na primeira oportunidade que fizesse bastante calor, pegaríamos as bicicletas, bóias e cordas e faríamos um pic-nic nessas lagoas. ( foto da net)

Aos poucos a turma ia sendo avisada.

Juntamos a grana fazendo uma vaquinha e passamos na mercearia do japonês compramos dois filões de pão, mortadela e Tubaína.
Depois de meia hora pedalando, chegamos o Borba Gato, viramos à direita, descemos a Rua Verbo Divino direto até o rio Pinheiros.

Ao chegar ao local, onde hoje fica o Carrefour, nos divisamos com um monte de lagoas formadas de água parada da chuva.
E também percebemos que as lagoas já estavam lotadas de garotos.

Descarregamos as tralhas e montamos acampamento por ali amarrando roupas e bicicletas.

Após enchermos as bóias, amarramos uma corda de um lado ao outro da lagoa (pequena) para caso de emergência.

Passamos a tarde nadando e se divertindo a valer.

Tanta brincadeira acabou dando fome e fomos então atacar nossos lanches. Usando o canivete que alguém havia levado, cortamos o pão e recheamos com mortadela que exalava já um cheiro forte por ficar tanto tempo fora de geladeira.

A bebida passava de boca em boca mesmo.

Depois do lanche, um pequeno descanso. Em seguida pegarmos o caminho da roça, pois era uma longa pedalada de volta pra casa.

Antes do entardecer estávamos de volta todo mundo feliz da vida.

Alguns dias depois, saí no jornal que um garoto havia morrido afogado em uma lagoa na zona sul.

As mães olhavam pra gente com dedo em riste e diziam:”eu te proíbo de ir nadar em lagoa, ouviu?”

E a gente respondia: ouvi sim, mãe.

O medo nos fez encerrar nossos passeios na lagoa.

Mas passados alguns dias, o calor voltava atacar e a gente ficava ouriçado com o calor.
Nos reunimos para encontrar alguma saída.

Meu pai tinha um comércio na avenida Santo Amaro, também ladeada por outros comércios.
Era uma barbearia, uma bicicletaria, uma auto-escola, uma farmácia, uma oficina mecânica e a oficina de geladeiras.
Todas davam de fundos para o comercio de meu pai. Tudo ficava fechado nos domingos.

Uma idéia me ocorreu e assim convidei os mais chegados para um lanche em no quintal do comercio de meu pai.

Fazia um calor muito forte.
Fizemos com o lanche costumeiro, bananas e nos fartamos de Tubaína.
Todo mundo curioso para ver qual era a jogada.

Na época era comum a gente subir nos telhados para pegar pipas e coisa assim.
Subi primeiro para dar coragem na turma.
Fazia calor de rachar e todo mundo já estava com  sua bermuda.

Ao chegar no telhado, me aproximei de uma das seis caixas d´águas, desloquei a tampa e entrei dentro dela como se fosse um mergulho.
Que delicia!

Em menos de um minuto elas já estavam tomadas cada um pegando a sua caixa d´água.
Fizemos campeonato de respirar debaixo d´água pra ver quem agüentava mais..
Com tanto bagunça demos sorte, pois somente uma boia havia sido quebrada.
Passamos a tarde dentro d’água na diversão. Que delícia!

(foto do autor)
Nunca nos divertimos tanto sem ninguém pra nos atormentar.
Era domingo e tudo estava fechado.
Mesmo dentro d’água deu pra perceber que estávamos queimados pelo sol.
Sem duvida essa foi uma das maiores curtições.

Só tinha medo que a coisa se espalhasse pelo bairro e formasse fila aos domingos.
Torcemos também para que nenhum dos proprietários descobrisse.
Afinal, havíamos batizado a caixa d'água com nossa Tubaína.


Que molecada irresponsável...

Luigy - 2010

domingo, 27 de novembro de 2011

Summer of '63- Cinema ao vivo (drive in)007

Durante muito tempo morei na Avenida Santo Amaro que, para mim, era um umbigo do mundo, não era a “Big Apple”, mas era a minha jabuticaba preferida... Ali passei os melhores momentos de minha mocidade aprendendo as coisas boas, e as ruins também.

Morava entre os cinemas Graúna e Excelsior. Em cada lado da avenida havia um “drive-in” margeados por um córrego, hoje submerso pela nova e grande avenida Helio Pelegrinni...

(fotos da net)

De quando em quando “flashs” sobem à tona permitindo um “replay”. Muitas vezes fica tudo parecido, como se fosse um filme que podemos assistir muitas vezes.

Hoje, depois de muito tempo, retornei ao site São Paulo Minha Cidade para rever e relembrar algumas coisas que rascunhamos e também os comentários sempre interessantes deixados pelos autores redondos.

Ao reler, automaticamente somos levados a uma viagem de volta no tempo.

Ah! O filme em cartaz de minha memórias, desta vez me trouxe aos meus 13 anos.

Morava bem próximo de um “drive - in” chamado "Texas", todo fechado por placas de anúncios de propaganda com muitas arvores e ladeado por um córrego...
Alguém muito curioso de nossa turma fez uma grande descoberta, descobriu um lugar onde se podia assistir filmes gratuitos e de cadeira cativa...
Ai a coisa foi passando de boca em boca e logo o cinema estava lotado.

Pontualmente às 20h as árvores em redor já estavam lotadas, mas não de pássarinhos, mas sim de moleques estrategicamente posicionados para assistir aos diversos filmes em cartaz.

O pátio do “drive - in” já estava cheio de carros de todos os tipos. Os preferidos eram carrões americanos por proporcionar maior visibilidade interna.


O silencio era absoluto. A matéria altamente interessante e inovadora. Em cada galho havia um estudante ávido para novos aprendizados. Tais aprendizados não existiam em livros, revistas ou em cinemas. E era tudo ao vivo, sem custo algum. Durante uma semana aprendemos mais que poderia se aprender em 4 anos de qualquer faculdade. Tudo ali ao vivo, “na lata” e sem censura. O mais difícil era conter a respiração para jamais atrapalhar os protagonistas.

Jamais passamos por algo tão vivaz como aquele espetáculo. Nunca pudemos ter a chance de agradecer a cada um dos artistas e por toda lição que nos proporcionaram. Era de tirar o fôlego. Tudo isso foi muito rico para a maior parte dos colegas assistentes. Pena que não podemos entrar em detalhes sobre os ângulos, as tomadas, os closes, os sons e tal.

Mas tudo que é bom dura pouco. Certa noite, em pleno verão, estacionou um carro americano conversível, um Impala lotado de gente. Acho que já programado para ser o "gran finale"...

Quando o filme estava nos seus momentos mais derradeiros, dois colegas escorregaram da arvore e caíram em cima do capo do carro. Foi um estrondo... Foi um susto para todo mundo. Os colegas foram perseguidos pelos funcionários do “drive - in” visto que os ocupantes dos carros nada podiam fazer sem roupa...

Os outros ocupantes dos galhos também caíram na estrada ou no rio e conseguiram se safar. A correria tanta que nunca mais conseguimos juntar todo o pessoal para dar boas risadas.

O susto foi enorme! Mas o aprendizado jamais será esquecido. Valeu a pena sim!
UFA!
Luigy 2011
postado no site São Paulo Minha Cidade

Dúvidas & Incertezas - 006

Um inteiro,
Duas metades
Ter que dividir em tres
todos no quarto
assistindo os quintos dos infernos
Um dia
a semana
todo santo mes
entra ano e sai ano
tudo igual
nada muda
chega a chuva e
muda tudo
e a tudo alaga
Veja
Olhe
Escute
Oi ?
Tim Tim
quem é?
Sou eu, Claro!
Quem é Vivo, sempre aparece.. 
Fala que eu escuto.  
( fotos da net)

Luigy 8/11/2011

Cine Paradiso - Minha 1a. Sessão de Cinema 005

Eram quase duas horas da tarde em pleno verão  paulistano.
Morava no Bairro Parada Inglesa, na zona norte de São Paulo e acabava de completar 6 anos.

Um pequeno caminhão estaciona bem no meio da praça, despejando bem alto pelo auto-falante a novidade do dia.
De todas as janelas, olhares curiosos procuram entender o que acontece.
O som alto que saia do caminhãozinho fazia convite para aos moradores do bairro.

A expectativa geral era a chegada de um circo a se instalar na praça, como já havia acontecido antes

Apesar do estardalhaço não ficava claro do que se tratava.
Talvez fosse essa a intenção que desejavam causar

Talvez a intenção teria sido essa mesma que desejavam causar.
O aviso convidava a todos para um evento noturno e gratuito.Ai a coisa pegou fogo.

A molecada corria de porta em porta para avisar sobre a novidade.
No bar da praça o assunto não podia ser outro.

Mais tarde um novo anuncio:
"Garotada do bairro, avisem suas mães.
Hoje a noite haverá espetáculo.
Moça bonita não paga e as feias também".
"Quem trouxer cadeira tambem não paga nada".

De novo a garotada se pôs a correr para espalhar mais essa novidade.                  

De novo a garotada se pôs a correr para espalhar mais essa novidade.                  
 
Começaram a descarregar alguns tipos de barraquinhas e cadeiras de cima carroceria do veiculoAli todo mundo já tinha visto um circo na vida.

A molecada havia se postado num barranco perto da Igreja para observar.
Pouco antes da 5 horas, fui pra casa tomar banho voltando com um banquinho para me sentar e esperar.

De longe dava a impressão que tinham embrulhado o caminhãozinho em um pano branco

Ao anoitecer, as luzes da rua iam se acendento e ai sim deu, pra ver que havia uma espécie de lençol na carroceria do caminhão.

Montadas com antecedência, as barraquinhas ja estavam vendendo pipocas e amendoim.
 
Às 18:00 em ponto, nova comunicação no auto-falante para explicar o que viria a seguir.
Mesmo sem entender nada, a excitação era geral

Um homem então falou que iriam passar um filme e de graça. Menos as pipocas e amendoins. 


Assim que ele parou, uma luz intensa vindo de um aparelho foi acesa. 
Essa forte foi bater naquele pano branco parecido com lençol.
Trazia junto inúmeras imagens e sons de música.
Eram desenhos animados.
Gritos, assobios e palmas partiam da multidão extasiada.

Pela primeira vez na vida estava vendo alguma coisa e não sabia o nome.

Era meu primeiro contato com "aquela coisa" e já sentia que iria gostar muito.
Alguém falou: isso é cinema!
Então descobri que aquilo era cinema.

Aquilo tudo era mágico. Perdi a respiração. Como aquilo era possível?
Era um frenesi.

.
Depois de mais de uma hora, veio o término do filme.
Palmas e assobios vieram em forma de agradecimento.


Em seguida iniciaram a desmontagem dos equipamentos e recolher suas cadeiras.
Mas quem dizia que o pessoal iria embora? Em coro pediam mais. Bis.
A platéia batia os pés no chão levantando poeira e gritando que queriam mais...Bis, Bis.


Para dar tempo na desmontagem da tela e das barracas, ele mudaram a direção do foco da luz lançando outras imagens na paredão da igreja.
Ah! Foi uma loucura geral...

Com tão pouca idade fui pego de surpresa com tamanha emoção.
Aquelas cenas me marcaram para sempre e foram dando asas a minha imaginação
Até este momento meu imaginario era estático, vagarosos e meio sem vida.
Disso disso tudo mudou. Passei a noite com febre.

Descobrir o cinema, trouxe uma agitação interna e que acelerou meu modo de pensar
Desde então as coisas se tornaram mais vivas e vibrantes.
Nada mais foi igual. 
Passei a gostar de fotografias, de revelar e não perdia a chance de ir ao cinema
Sempre que assistia a um filme revivia a emoção inicial

Mais tarde assisti alguns filmes que fizeram a minha cabeça, como Verão de 42, Amarcord, Cinema Paradiso, a vida é bela e Vermelho como Sangue que me traziam de volta numa viagem no tempo.

É fantástico poder recordar a minha primeira sessão de cinema em meio a uma praça escondida na periferia da cidade de São Paulo
Guardo uma satisfação enorme de ter sido iniciado na 7a arte em um cinema na rua.  


( fotos da net)
Luigy 2009

Norte, sul, leste e oeste - minhas andanças 004

Sou mais um estrangeiro na cidade de São Paulo.
Nasci em Londrina - Paraná.
Cheguei aqui com um ano de idade e fui ficando...
Logo que chegaram a São Paulo, meus pais foram morar na zona leste, na Rua Tuiuti, na Mooca, mas por pouco tempo e logo se mudaram para a zona norte.
Meus pais me passavam a idéia de que eram ciganos, pois mudar estava sempre nos planos.
Foram mais de 15 vezes...
Se conheceram e se casaram em Campo Grande - Mato Grosso do Sul. De lá migraram para Londrina, onde nasci.
Minha infância foi na Parada Inglesa, bairro próximo a Tucuruvi, indo depois morar quase dentro do Horto Florestal (zona norte) onde passava o famoso Trem das Onze.
Minha casa ficava em uma bifurcação triangular onde o trem passava na frente e na parte dos fundos, soltando fagulhas e fuligens que queimava as roupas no varal da mulherada.


Aos 8 anos mudança radical saindo da zona norte em diração ao Jardim Paulista (zona sul).
Novamente uma mudança desta vez para Vila Nova Conceição ( Avenida Sto Amaro) onde fincamos raizes por 9 anos.
Só saímos por termos sido derrotados pelas enchentes anuais que aconteciam sempre em fevereiro onde hoje esta Av Helio Pelligrino.
Cansados das enchentes fomos para Santo Amaro (Jardim Taquaral).


A saudade nos trouxe de volta para Vila Nova Conceição, mas não por muito tempo.
E de novo levantamos acampamento para Santo Amaro, desta vez ficamos para o Largo de Socorro.
Finalmente meus pais conseguiram comprar uma casa bem perto do Sesc Interlagos e ali criaram raízes.


Ao me casar, aos 24 anos, optei pela região central de São Paulo (Rua Timbíras), próximo aos nossos locais de trabalho. O nascimento dos filhos exigiram uma reacomodação e lá fomos desta vez para a zona oeste, na Rua Monte Alegre, em Perdizes.


Mais mudanças foram necessárias desta vez à Rua Caiubi e na sequência para a Alameda Olga (Pacaembu).
Finalmente tambem conseguimos a nossa casa própria em uma pequena e sossegada vila no bairro da Água Branca na fronteira com Perdizes, Pompéia e Lapa, quase encostados ao Shopping Bourbon.


Quando jovem gostava de viajar de carona e sempre acampando.
Adorava explorar o local onde morava a pé ou de bicicleta 
Fico triste com o destino dado aos bondes e trens.
Adorava pegar o trem para o litoral e descer a serra. .

A cada nova namorada acabava conhecendo uma nova turma em bairros diferentes.
São Paulo era uma cidade que crescia sem parar e rapidamente.
Estava sempre me antenado sempre visitando lugares como a Galeria do Rock (onde comprei o meu primeiro disco dos Beatles) e Rua Augusta, onde tinha as coisas aconteciam.
Hoje nossa cidade anda quase parando.



* Luigy 2011
Hstória publicada em 10/10/2011 no site São Paulo Minha Cidade http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=5629

( fotos da net - Ladeira da Memória, Av. São Joao e Rua Augusta)

As idas e vindas - 003

Terminal de Trem CPTM - Estação da Luz - foto da net 
São Paulo/Jundiaí Trem de Turismo


Todo dia, naquela maldita hora
que martírio, que agonia
retornar, ir embora...
Desce a noite,
trazendo garoa e neblina

É gente que chega, é gente que vai...
Mas que importa tudo isso?
Importa ficar, permanecer e eternizar...

As horas não param, mas deveriam.
Relembrar momentos...
Bem bom viver,
E não ter receios,
Seus seios são belos

Quem sabe "lê" nas entrelinhas...
porém nada diz, nada fala, mas observa
Talvez nas estrelinhas... Talvez esteja escrito nas estrelas

O trem parte... Levando
e devolvendo pessoas e destinos
Esse trem também parte muitos corações,
sem perguntar, sem consentimento
O trem separa pessoas
e nunca para, mesmo que se peça

Trem que leva gente pra longe
Traga esse povo de volta...
Há corações a espera.

 foto do autor

Por Luigy - Luiz Carlos Marques
003
Piblicado no blogue Memórias de Sampa em  9/11/2011
Replicando aqui

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Refazendo as viagens - 002

Cansado, adormeço e me renovo
Estressado, respiro e levito
O sono me leva em sonho ao infinito
E me traz de volta ao corpo que agora habito
Lembranças me levam e me trazem de volta
para a atual realidade.
EU SOU meu dirigente
EU SOU a Alma que sempre
me leva de volta a cada final de jornada
Esse leva e traz me fascina,
Vou e volto sempre aprendendo
A busca da paz que parece que nunca termina


Fotos pesquisadas na net
fotos da net -
Luigy 11/2011
002

Minha Mochila ( 001)

(Foto obtida na net) 

Planeta Terra, Hemisfério Sul, Brasil- São Paulo - Capital                         

Minha mochila

Carrego na mochila,
Toda minha bagagem,
As aventuras do coração.
As lembranças do reencontro com os amigos.
A alegria de estar de volta...
Enfim, tudo o que cabe na minha Aura.
"Até outro dia, até outro dia...
Deus lhe guarde até retornar...” (FRC)


Chegadas&Partidas

Quando aqui cheguei, nada trouxe que pudesse ser pesado,
A não ser o desejo de querer, o impulso de viver e a vontade
de ser...!!!
Nada que pudesse ser roubado, destruído ou comprado.
Mas que poderia ser compartilhado e ensinado ou conforme a LEI, ser abafado ou travado!!!
Quando aqui cheguei, nada trouxe que não pudesse um dia de volta levar...!!!

Do "pouco" que trouxe...
Se quiser, "quase tudo" posso levar...
Depende do roteiro, depende da viagem...
Aqui cheguei, "Sem lenço e sem documento e nada nos bolsos ou nas mãos". (Caetano Veloso)
Pois "estou aqui só de passagem..." (idem)

Luigy  08/11/2011

001 -

Antes tarde do que nunca - Cabeçario

Tenho postado meus pensamentos em diversos locais.
A espera pelas publicações, apesar de gratuita, é demorada.
Assim, decidi abrir um novo caminho.